sábado, 4 de agosto de 2012

Pequeno conselho...


Ao se aproximar da Natureza, tenha respeito. Seja cauteloso e reverente. Seja grato e humilde. Tenha olhos, ouvidos, todos os sentidos abertos para recebê-La em seu corpo e em sua alma.

Ao se aproximar de cada folha, galho, grão de areia, lago, riacho, inseto, peixe ou flor, faça isso como que pedindo licença para adentrar em seu santuário. Faça com que sua presença seja uma visita para admirar e comungar com Ela e não uma invasão para explorar e macular.

Quando estiver em contato com a Natureza, tire os sapatos, sinta a Mãe Terra te acarinhando os pés, tirando de você o peso e o desequilíbrio. Olhe para cada detalhe dessa obra incrivelmente bela. Veja as folhas balançarem ao vento como se dançassem calmamente a música da Terra. Perceba o brilho que a luz do Sol lhes empresta quando dançam, fazendo-as cintilar! Assim, também a dança da água, o fluxo infinito ao sabor do vento. Sinta o vento em seu corpo, deixe seus cabelos também dançarem com as folhas e depois de olhar para cada detalhe, feche os olhos, guarde em sua mente a imagem e comece a se abrir para receber os sons, sentir os cheiros, o calor, essa energia sem nome e sem corpo que te atravessa, que nutre de coisas que não é possível comprar.

Perceba, finalmente, que toda essa beleza não está ali apenas para agradar seus olhos. A Natureza não é apenas um quadro para admirar. É quem sustenta seu corpo, é quem nutre seu espírito, é quem tem o poder de te aniquilar em segundos. Ela é a fonte de energia que recarrega todos os dias suas reservas de vida. Ela é a sua própria vida.

Então, ao se aproximar da Natureza seja como uma criança que se encanta, que vibra com suas maravilhas, mas que, ao mesmo tempo teme seus ocultos e suas sombras e respeita suas leis.

E, sobretudo, ao se aproximar da Natureza, abrace-a, dance com Ela e A ame. Seja feliz e bendito pela indizível graça de fazer parte Dela.

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